domingo, 15 de janeiro de 2017

Foto: Joka Madruga-Photojournalism na 15ªJornada de Agroecologia no Paraná. 


Lula denuncia o golpe e diz que um novo Brasil é possível

O ex-presidente participou de ato político durante o 29º Encontro Estadual do MST, na Bahia.

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
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Reunindo movimentos sociais, partidos de esquerda e organizações populares, o MST realizou na manhã desta quarta-feira (11) um grande Ato Político, durante o 29º Encontro Estadual do MST, no Parque de Exposições Agropecuária de Salvador. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do evento, destacando a importância do Movimento no processo de luta e organização da classe trabalhadora.

Durante o Ato, diversos representantes políticos ocuparam o palco da plenária, como Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, Elizangela Araújo, da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Valmir Assunção, deputado federal pelo PT, e Jaques Wagner.

De acordo com Lula, estamos vivendo em um país onde o dinheiro está concentrado nas mãos de poucos. “Foi por esse motivo que o golpe foi instaurado no Brasil, pois o capital percebeu que o pobre estava melhorando a qualidade de vida, tendo acesso a créditos, frequentando espaços antes acessíveis somente pela burguesia”, explicou.

Nesse sentido, falou que o projeto político construído pelo PT, nos anos de mandato presidencial, tem contribuído para mudar a vida das pessoas. Ele destacou alguns exemplos, como o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Bolsa Família e o Luz para Todos.

Apontando alguns desafios a partir do olhar conjuntural, Rui Falcão afirmou que 2017 será o ano para avançar na luta pela terra e contra a reforma da previdência, “que vem acabar com os direitos do povo brasileiro”. Disse ainda que devemos recuperar o caminho do desenvolvimento, jogando abaixo o golpe instalado.

Lutar por direitos

Para João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, temos que lutar por direitos, que a burguesia quer nos usurpar. “Estamos lutando a 30 anos contra a exploração da burguesia e não abriremos mão da luta política. Pois, sempre que o País entra em crise, quem paga a conta é o trabalhador”.

Pensando nestas questões e projetando uma possível candidatura em 2018, Lula afirmou que “se necessário”, voltaria a disputar a Presidência da República, fazendo do mandato presidencial mais um instrumento de luta e articulação dos interesses da classe trabalhadora.

Emocionado, disse ainda que a referência histórica conquistada pelo MST é uma base sólida para garantir muitas lutas e um forte enfrentamento aos retrocessos nos direitos de cada trabalhador e trabalhadora. Por isso, considerou o espaço como essencial, não apenas para fortalecer as lutas políticas, mas também para projetar um país novo.

Veja mais fotos no Álbum do Flickr.

As atividades do Encontro seguem até sábado (14) debatendo cultura popular, agroecologia, educação do campo e unidade nas lutas, além de planejar ações para o próximo período de luta, com foco no lançamento da campanha “Rumo aos 30 anos do MST na Bahia”, que acontecerá na sexta (13), às 20 horas.



*Editado por Rafael Soriano

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